segunda-feira, 21 de maio de 2012

Depois do amor...


Suave é a noite...
É hora do dengo!
Os corpos se enlaçam
Em gostoso chamego
Despertam a paixão
Com açoites de beijo
E tão quentes abraços
exalam tão doces perfumes
Provocando os desejos
Em repetidos meneios

É hora da dança!
Em compasso binário
Andamento moderado
Ritmo sincopado
Langoroso e perfeito
Um tango bem dançado

Tem início o espetáculo
E somente dois atores
Desfrutam especiais efeitos
Bocas, lábios, línguas, sabores
Mãos, dedos, pernas, movimentos
Cadência, encaixe e lascívia

Perfumadas pela volúpia
Peles macias e quentes
Vão ao ápice da luxúria
Corpos se arqueiam
Contraem e latejam
Arrefecem, caem, entregam-se

É hora do lanche!
Ou como diria Vinícius:
“Comidinhas para depois do amor”
Depois dos jogos e afagos
Do cair dos panos e músculos
Desejo chocolate e morangos
Ou morangos e chantilly
vai bem um chazinho
Cidreira ou canela?
Uma taça de vinho
Tem lá seu valor
No depois do amor...


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