sábado, 28 de abril de 2012

Mandalas e Farfallas

Na minha Mandala
Não há centro
Tampouco periferia
Não há retas, nem arestas
Não existe o universal
Só o humano mais que humano
Natural... irreversível
Minha Mandala confirma
a fugacidade do tempo
a relatividade da vida
ela cala mas revela as cores...
E as dores de amores
Que louco senti...
Minha Mandala
Não indica caminhos
Nem atalhos
Na minha Mandala
Só vejo incertezas
Divagações e neblinas
Me enxergo nela
Sendo o que não sou
indo sem saber
insistindo no caos
e na beleza do imprevisto
do que ocorre sem aviso
do que entra sem ter visto
na migração do espírito
em noite de luar
na transformação do corpo
em noite amor
na angústia de um desejo
que se sofre sem querer
na delícia de um beijo
que acontece muitas vezes
sem de fato acontecer...
Minha Mandala
Manda a Farfalla
Voar, voar, voar...

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