quinta-feira, 12 de julho de 2012

Tempo de Ser




Se eu tivesse te visto passar
Há anos atrás
Será que terias reparado em mim?
Será que teríamos sido assim?
Se tivesses me conhecido
Será que isso teria acontecido?

Em História há uma máxima
Em História não existe o “se”...
Só há o que “foi” e o que “é”...
Já para a Filosofia o que importa é o Ser
O ser que foi; que será; que pensa que é...
Contingente, imanente
E, às vezes, até transcendente...

Por nós o tempo passou
e alguns vestígios deixou
Temos mais experiência
Muito mais paciência...
Sabemos que tudo tem fim
Que tudo acaba... bem ou não...
Conservamos ainda alguma ilusão

Não somos mais o que éramos
Tampouco o que seríamos
Somos agora o que nos tornamos
Sou uma, tu és outro.
Tu e eu somos fruto de um encontro...
O encontro de um dentro do outro...

E agora pode não ser a melhor hora
Mas nossa hora é agora
Nosso tempo, nosso espaço
Somos felizes nesse lapso

Somos absolutamente
No ato de ser completamente
Um para o outro unanimemente
Sujeito e predicado simplesmente

Meu significado predicativo te pertence
Tua substância significante me é inerente
Substância e essência permanente
Inerência e essência... necessariamente

Não fomos nenhum acidente
Nem matéria contingente
Somos a relação imanente
Dos amantes que existem na gente
Sou para ti... és para mim...
Nesse momento e fim...

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