sábado, 7 de julho de 2012

Sobre defeitos, saudades e risadas...


Estou aqui tentando produzir ou parir um artigo acadêmico que será publicado brevemente numa coletânea com vários colegas pesquisadores da história da literatura do Rio Grande do Sul e, no entanto, ao invés de concentrada no objeto central do meu tema (para quem ainda não sabe: são os periódicos literários que circulavam em Porto Alegre durante o século XIX)... estou aqui a cismar sobre os tópicos acima...
Pois então, eles me vêm assim porque padeço de um mal interior, bastante banal, mas profundamente letal chamado SAUDADE...
Pois sinto imensas saudades de alguém, alguém que um dia me perguntou qual seria o pior defeito que ele poderia ter e com o qual eu não conseguiria conviver...?!?
Boa pergunta! Grande pergunta!
Eu não tive resposta para esta questão naquele momento, pensei em algumas coisas importantes, mas que já haviam sido descartadas pelas conversas que tivemos, por exemplo, não tolero burrice do tipo parvoíce, sujeito obtuso, pessoas que se negam a pensar, detesto gente assim...
Coisa que não tem nada a ver com ter ou não ter conhecimento, informação, etc, existe muita gente com formação acadêmica que é de uma estultice sem tamanho, definitivamente, uma coisa não tem nada a ver com a outra!
Tenho uma amiga que costuma brincar dizendo que “gente burra não tem tédio”!!! é, quem não pensa, não problematiza, não tem inquietações além daquelas restritas a manutenção da existência, que são importantes também não há dúvidas, mas...
Bom, superada esta possibilidade, pensei ainda em outras questões mais práticas que não seriam aceitáveis como beber em excesso ou ter um perfil violento, enfim... foram essas as ideias que me assaltaram sobre “piores defeitos”, na verdade, eu acho que nunca pensei sobre isso, nunca fiz uma lista sobre as qualidades que o meu “princípe encantado” deveria ter ou quais ele, definitivamente, não deveria apresentar... do tipo “não gostar de banho” ou sei lá!!!
Mas hoje, sentindo esse vazio na alma que se chama Saudade, comecei a pensar não sobre os seus defeitos, mas sobre as suas qualidades e pensei em apenas três muito prosaicas, a beleza, o bom humor e a inteligência, a ordem é aleatória não tem nenhum significado intrínseco ou subjacente, a ordem foi alfabética, nesse caso...
As deusas Afrodite, Hera e Athena, prometeram ao jovem Páris, respectivamente, o amor da mulher mais bela, o poder e a glória e a sagacidade estratégica, todos sabemos que o desfecho de tal desafio foi a guerra de Tróia em disputa por Helena... a mais bela!
Pensava nisso hoje, enquanto tentava aplacar os suspiros do meu imo peito, como diziam os gregos da Ilíada, e pensei que a beleza é óbvio se esvai com o tempo, a inteligência aprimora-se, mas pode derivar em melancolia se não for devidamente manejada pelo... bom-humor...
Pensei e suspirei com um leve sorriso no rosto, o mesmo que tenho agora ao escrever essa cronicazinha, portanto, por mais que eu o saiba lindo e inteligente o seu bom-humor é a sua principal característica, porque eu adoro o modo como ele me faz rir...
E que característica, tão fundamental é essa capaz de nos cativar a tal ponto que mesmo à distância conseguimos sorrir ao relembrar a presença leve, faceira e estimulante de uma pessoa que, simplesmente, sabe rir e nos fazer rir da vida!!!

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